sexta-feira, 26 de março de 2010

Dialogue

(Texto realizado para o concurso de literatura da Aliança Francesa Campinas com o tema Colleur Femme)

Deux hommes dans um café en discutant:

- Je veux la verité.

- Quelle verité ?

- Le secret !

- Secret ?! Mais quel secret ?

- Si je le savais il ne serait pas un secret.

- Je ne comprend pas. Tu parles de quoi ?

- Le secret de la femme.

- Ohlalà...mais quel secret et quelle femme ?

- D’accord...D’accord...Je te dirai la verité..bon...Je suis amoureux !

- Amoureux ?! De qui ?

- La femme.

- Je sais que c’est une femme, mais qui ?

- Ce n’est pas une femme spécifiquement. Je suis amoureux de toutes les femmes.

- Tu es fou...c’est impossible d'être amoureux de plus d’une femme. Bon...amoureux de deux ça va...mais de toutes ?

- Tu n’as pas compris. Je suis amoureux du genre féminin.

- Comment ça ?

- Je suis amoureux de sa beauté cachée sous les petits gestes ; sa force et volonté de se battre pour une vie meilleure pour elle même et sa famille ; sa façon d’être adorable, charmante et sexy dans un seul regard. Elles sont complètement differentes l'une des autres, la manière de parler, marcher, s’habiller, vivre. Toutefois, elles sont toutes incompréhensibles et magique en même temps.

Voilà, c’est pour ça que je veux découvrir le secret des femmes.

- Tu es fou !

- Oui, je sais...mais qui n’est pas fou des femmes.

domingo, 21 de março de 2010

1+1 não deveria ser 2

Saia do óbvio. Saia da burocracia da vida contemporânea. Nasce, cresce, estuda, trabalha, trabalha, viaja por uma semana, trabalha e morre. Quem determinou que a sua felicidade depende dessa lógica¿! O porquê do medo do novo; do inesperado; do inusitado¿ Viva! Come o que deseja; ouça o que te agrada; dance o que te move; fale o que tem vontade. Deixe de lado essa polidez comedida, esse falso protocolo de regras de conduta no armário, ignore essa morbidez dos falsos relacionamentos sociais sem sal e com sorrisos não desejados. Faça da espontaneidade sua palavra de ordem!
Por exemplo, a Educação. Tal deveria fazer que com o aluno, seja ele primário ou universitário, tivesse tesão pelo conhecimento e o transformasse de maneira crítica em novas idéias e, sobretudo, o fizesse interagir e pensar o mundo a sua volta com mais liberdade e consciência.
Contudo, somos capados desde criança pelas grades curriculares, pelas formatações padrões de trabalhos, pelas médias para passar de ano. Regras, padrões, condutas pré-determinadas que engessam nosso estilo de vida para sempre e nos privam de escolher livremente o que queremos aprender e o que queremos ser. Tal lógica ignora o que a humanidade tem de mais rico, isto é, a singularidade de cada homem e mulher e nos colocam num padrão cartesiano dentro de um outono sem fim, frio e cinzento.
Uma pergunta. O que é felicidade para você¿ Possíveis respostas: estudar numa escola renomada; ter um bom emprego e um bom salário; ir ao shopping no fim de semana; jantar em bons restaurantes; ter um carro potente ou um vestido de marca; viajar à Paris uma vez por ano e tomar um Bordeaux com vista para as águas do Sena. Não é possível que isto seja uma verdade absoluta e verdadeira. Não é possível que nos seus sonhos você nunca tenha vislumbrado trabalhar ou fazer algo em prol de algo maior, algo que só de pensar te faça arrepiar e ter vontade de sair gritando de felicidade e orgulho.

Dicas de leitura:
A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir por Rubem Alves ou o filme Leões e Cordeiros (principalmente a parte da discussão entre aluno e professor).

Happyland é aqui!

Conhecendo algumas cidades em diferentes partes do mundo, seja em Campinas, Vilhena, Vitória, Mantes-la-Jolie, Paris, Leiria, Londres, Baden-Baden, New Orleans, Silver Spring ou Washington,Buenos Aires com suas culturas distintas e línguas diversas, reparei dois pontos extremante iguais entre as pessoas e suas cidades. A primeira é em relação ao próprio ser humano, que, seja onde for, busca: conhecimento, um bom trabalho, uma boa música, sexo, um parceiro ou parceira que lhe faça companhia, comida gostosa, férias, festas, se está feliz busca alguma forma de ficar triste e vice-versa, algo em que acreditar, sonhos e suas realizações, beber, dançar, um gato, cachorro… Mas isso é o assunto para uma próxima conversa. O segundo ponto comum entre as pessoas que vivem nas cidades ao redor do planeta é o MEDO.

Lembro de estar na ETEP, Escola Técnica de Paulínia, no segundo ano do curso de Química, todavia, preocupava-me mais com a Educação Física e os campeonatos de vôlei e handball; com a minha primeira namorada Vivian e seus olhos azuis; com aulas de geografia e literatura do que, propriamente, com as aulas de laboratório, seus reagentes, pipetas, fórmulas e tubos de ensaios chatos. Foi justamente com o professor de literatura Arley, quem em 2002 nos levou à Bienal de São Paulo, que me deparei com uma maquete idealizada pelos arquitetos Isay Weinfeld e Marcio Kogan juntamente com o texto abaixo Venham viver em Happyland, um dos mais bem escritos e realísticos que já li. Este foi redigido num tom irônico, bem humorado e, sobretudo, crítico ao mundo que estamos idealizando, as relações que criamos com as pessoas ao nosso redor e ao modo como estamos construindo nossas cidades. Leia, reflita e veja se há alguma semelhança com o nosso cotidiano e com o rumo que estamos tomando. Se possível, leia em voz alta.

Venham viver em Happyland!
de Isay Weinfeld e Marcio Kogan

Venha sentir novamente o que é felicidade! Uma cidade que só nos proporcione prazer. É o fim do medo, das angústias… da liberdade. A segurança em primeiro lugar.

Qual a vantagem de ser livre? Andar por aí morrendo de medo? Pois é. Em Happyland, todas essas frivolidades foram abolidas. Será que existe algum tipo de prazer em você sair de casa, dar a mão para o seu filho e passear calmamente pelo bairro com o seu poodle na coleira? Qual é a graça? Para quê? Para cruzar com os vizinhos insuportáveis na rua? Pra cumprimentar o barbeiro que semana passada fez sem querer aquela barberagem no seu cabelo? (onde já se viu alguém fazer alguma coisa sem querer?) Para observar o horror da arquitetura? Este modelo de cidade em que as pessoas se cruzam nas ruas, se olham, se conhercem, se enamoram num encontro casual…, este modelo está totalmente ultrapassado.

Em Happylandm não! Isto jamais acontecerá. Você não cruza com ninguém, você não vê ninguém, você não conhece ninguém, você não se enamora, mas também não se ilude, não sofre, não chora e assim é melhor para todos.

Isso não quer dizer que você não possa sair para dar uma volta a pé nos parques, viadutos ou à beira do rio. Há inúmeras lojas no Shopping Center que vendem coletes salva-vidas, e é lógico que você não vai ter um poodle em Happyland, aquele ridículo cachorro decorativo, mas se você tiver um pit-bull, por que não? Sem coleira, evidentemente.

Outra grande vantagem é que Happyland é uma cidade sem história. Uma cidade política e economicamente não aliada a nenhuma outra civilização. Uma cidade que não se compromete com nenhum ideal, ou seja, uma cidade com possibilidades remotas de ataques terroristas suicidas. Mesmo assim é precavida: as “Novas Torres Gêmeas” estão colocadas na horizontal, e como a falta de comunicação entre as pessoas é total, não há Correios em Happyland, para evitar contaminalção de antraz. Já dentro do Shopping Center há uma área reservada para a explosão de homens-bombas. É super bem localizada. Ao lado da praça de alimentação.

Na realidade, a vida em Happyland é muito tranquila. Sabe aquela vidinha pacata, de cidade do interior, que todos nós idealizamos? Pois bem, assim é em Happyland! Você sai tranquilamente de um dos magnifícos condomínios residenciais, como le Hameau, Ruínas do Morumbi ou Aerocasa e entra em seu carro blindado.(Não coloque vidro fumê! Seja altivo. Encare o assaltante e deixe que ele veja em que está atirando). Se você sobreviver, atravesse o Parque dos Refugiados e siga direto para seu escritório localizado nas “Novas Torres Gêmeas”. Passe o dia dentro de sua sala blindada comunicando-se através de telefones com seus funcionários. Esse contato caloroso entre as pessoas, essa confraternização…é isso que dá o tom agradável em mais um dia de trabalho. E ai você nos perguntará: Se a comunicação é feita por telefone, por que se locomover da residência ao escriotório? Péssima pergunta a sua: Você sai um pouco, muda de ares comprimidos, vê através de vidros à prova de balas, pessoas novas mesmo que sejam desinteressantes e não tenham o que falar pelo celular, e o mais importante: o fato de você sair de casa de manhã e ter finalmente a certeza de que à noitinha voltará são e salvo. Talvez mais salvo do que são.

Na volta do escritório, não custa dar uma passadinha pelo Pátio de Desova de Sequestrados, só para ver se tem algum sequestrado na família esta semana e tendo ou não tendo, seguir feliz para casa. O domingão é dia de levar a família passear de Bateau-Mouche Blindado pela manhã, visitar o Salão do Carro-Bomba à tarde e que tal terminar o dia no Shopping Center numa sessão de cinema? Não para assistir evidentemente àqueles filmes água-com-açucar tipo “O Exterminador de Cyborgs”. Afinal, a gente vai ao cinema para ver alguma coisa mais forte, impactante, inusitada… para fazer nossa adrenalina subir, alguma coisa totalmente foro do nosso dia-a-dia. Que tal um filme de amor?

Depois desta péssima experiência, vá direto para sua casa e tranque-se várias vezes. Fique confinado. Faça de sua vida um verdadeiro “reality show”. Mas sem final feliz.

Felicidade é que já temos de sobra em Happyland.

sábado, 13 de março de 2010

ZAP

ZAP...''introduire un Cheval de Troie en Afganistan est la nouvelle offensive militaire des'' ZAP... ''I’M THE KING OF THE WO…'' ZAP…''lancement de nouveau téléphone mobile de…''ZAP…

Le zapping du petit Olivier qui allait crescendo escagassa sa mère. Celle-ci l’ envoya dans sa chambre pour faire ses devoirs.

<< S’il te plaît Maman laisse-moi regarder encore un peu la télé >>, répondit le petit garçon qui attendait avec impatience son programme préféré tout en continuant à zapper. Il s’agissait d’un dessin animé dont le personnage principal savait apprécier les plaisirs simples de la vie.

<< Il n’y a pas de "s’il te plaît" qui vaille, tu vas faire tes devoirs! Ce n’est pas en regardant la télé que tu obtiendras un diplôme et une bonne place dans la societé>>.

Résigné, Olivier finit par obéir en ruminant: << Quelle galère...les médias parlent de la dictature en Corée Du Nord, aux Honduras, en Angola, mais elle peut aussi se manifester dans notre famille et émaner de notre propre mère... >>.

Allongé sur son lit, le casque de son baladeur sur les oreilles, le jeune garçon se lança dans un remue-méninges à propos de son avenir. Il avait la conviction qu’il n’existait aucun chemin meilleur qu’un autre mais diverses variantes adaptées à chaque personne. De même, Il voulait plus qu’un diplôme et une bonne place dans la societé. À l’image du héros de son dessin animé, il voulait être son propre mentor, développer sa propre façon de penser, s’enrichir grâce à une littérature qui ne se limite pas aux manuels scolaires et à des expériences telles que des voyages, des rencontres...